Até hoje, ecoa o bordão “Quem não se comunica, se trumbica”, que grudou na cabeça das pessoas, nos anos 70, quando só se falava na “aldeia global”. Fervilhavam, no Brasil, as ideias sobre a ciência da comunicação.
Clarice Lispector sabia muito bem que “Comunicar é viver”, mas rejeitou a frase do Velho Guerreiro. Para ela, muita gente vive se trumbicando pelo excesso de comunicação.
Encontrar o ponto de equilíbrio para obter uma comunicação eficaz é questão de vida ou morte para as organizações.
Mas o que é comunicação eficaz? É aquela que traz os resultados pretendidos.
Uma empresa investe em mil frentes para realizar seus planos, mas pode naufragar por não associar comunicação competente com lucratividade do negócio.
A centenária IBM começou no ramo de cartões perfurados, e se reinventou; hoje, investe em inteligência artificial. A Ambev faz aquisições bilionárias para abocanhar fatias generosas do mercado. As startups pescam investidores comunicando sua história. Haja comunicação eficaz! Ela tem que ser recebida, compreendida e aceita pelos acionistas, pelos funcionários, pelos parceiros do negócio, pelo público, pela imprensa e por todo o seu macrocosmo, para a coisa funcionar.
O PMI Brasil (Project Management Institute) fez uma pesquisa com 300 empresas de diversos segmentos, para saber quais os motivos que impedem o sucesso de projetos dentro das empresas. O estudo revelou que 76% das pesquisadas afirmam que o problema com a comunicação é o principal motivo pelo fracasso dos projetos.
Eis o grande paradoxo: vivemos em plena era da tecnologia e da informação, e a comunicação entre humanos é a pior parte nas empresas.
Seja lá qual for o objetivo, as organizações são obrigadas a comunicar-se com eficácia.
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