Como você já deve ter percebido, eu sou muito curiosa. Navegando pela internet, descobri que uma das profissões que mais crescem em todo o planeta é a do advogado. E o Brasil concentra a maior quantidade deles! São quase 200 novos bacharéis por dia. É uma concorrência brutal na disputa por trabalho.
Então, pensei em algumas dicas para ajudar você, que abraçou essa carreira.
A dica é ser diferente!
Ser diferente para chamar a atenção é recusar-se a atuar na profissão como todo mundo atua: é ser especial!
E já começa na faculdade, sua primeira rede de relacionamentos com colegas e professores, e que vai se estendendo nos estágios, no atendimento aos primeiros clientes, nas redes sociais e profissionais.
Manter firme sua postura ética, dentro e fora da universidade, é ser diferente. É a base para construir sua reputação e a consequente imagem positiva que ficará na mente das pessoas.
Escrever documentos fáceis de ler para que o cidadão comum possa entender o que vai acontecer na vida dele, é ser diferente.
Está cada vez mais fora de moda usar palavras difíceis, excesso de sinônimos, além da caixa-preta do juridiquês, que só intimida e complica a vida em sociedade.
É puro oxigênio para chamar a atenção sobre você, que é diferente.
Mire-se no exemplo do juiz gaúcho João Batista de Matos Danda, do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região. Ele virou notícia! Ficou famoso no meio jurídico e fora dele por ser diferente de tudo o que se vê no mundo forense: redigiu uma sentença trocando o tom empolado do Direito pela linguagem comum.
Isso mesmo! Escreveu para ser entendido por qualquer cidadão leitor. Confira:
Sentença em juridiquês — “Inconformado com a sentença, que julgou improcedente a ação, recorre o reclamante buscando sua reforma quanto ao vínculo de emprego e indenização por acidente de trabalho. Com contrarrazões sobem os autos a este tribunal. É o relatório. Passo a decidir.”
Sentença “traduzida” pelo juiz Danda – “Para julgar de novo, vou ler as declarações de todos mais uma vez e olhar os documentos. Pode ser que me convença do contrário. Mas pode ser que não. Vamos ver”.
Para alguns, o juiz simplificou demais. Pode ser, mas sempre será possível encontrar um meio-termo entendível pelo cidadão leigo.
Experimente! Conquiste o seu espaço sendo diferente.