Nunca se escreveu tanto! A todo momento, estamos recebendo e enviando mensagens de texto verbal. É uma comunicação que se dá não apenas por palavras, mas por emojis, gifs, figurinhas e áudios.
De acordo com o Relatório da Sociedade Digital na Espanha de 2018, da Fundação Telefónica, o uso diário de aplicativos de mensagens instantâneas como WhatsApp, Telegram e Facebook Messenger é quase o dobro do de ligações por telefone fixo e celular, mais comum entre os jovens. Apesar de estarmos falando mais, gravando mais stories e áudios, podemos afirmar que escrever não saiu de moda, e nem sairá tão cedo.
Não só preferimos as mensagens instantâneas aos telefonemas, como também preferimos essas mensagens a interagir com pessoas. Ou, pelo menos, foi o que 95,1% da população espanhola disseram preferir. O cara a cara ficou com 86,6% de popularidade. A psicóloga Cristina Pérez destacou os motivos, em entrevista para El País:
- “Uma das razões é que quando recebemos uma ligação, ela interrompe algo que estávamos fazendo; ou, simplesmente não temos vontade de falar naquele momento. Por outro lado, ligações telefônicas também exigem de nós uma resposta imediata; ao contrário do que ocorre na comunicação escrita, que nos permite pensar bem no que queremos dizer. E a terceira razão seria o fato de não podermos saber, de antemão, qual será a duração do telefonema”.
A profissional explica, ainda, que muitos jovens, principalmente os mais introvertidos, preferem as mensagens escritas por se sentirem mais confortáveis; o que pode, por outro lado, travar relações face a face, por não conseguirem começar ou manter uma conversa.
Entretanto, a psicóloga afirma que não é o caso de criticar o uso de mensagens escritas:
– a comunicação por escrito nos deixa à vontade para escolher o momento; para redigir bem nossa resposta; para relê-la e verificar se está claro o que queríamos dizer; inclusive, para dizer coisas que não nos atreveríamos em uma conversa telefônica”.
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